Olá Martavilhosos

Como vocês estão? Preparados para o ultimo mês do ano?
Eu estou bem animada com ele, sabe porque? Esse mês envio meu primeiro romance jovem adulto para revisão. É exatamente isso, a Tay escreveu um livro. Na verdade esse é o segundo livro que finalizo, mas, o primeiro era quase uma fanfic de meninas malvadas, o nome para a surpresa de todos é LET IT SHINE - DEIXA BRILHAR e vocês podem seguir o link se quiserem conhecer essa obra, mas, hoje eu vim falar para vocês de "O infinito não existe".
OINE - como chamo carinhosamente - é um jovem adulto maduro que se passa no Brasil no eixo Rio - São Paulo, que traz algumas desconstruções acerca de casais com diferença de idade, casamento gay diante do cristianismo, tradicionalismo e conservadorismo e famílias em geral. Dividido em 26 capítulos me deu uns tapinhas na cara gostosinhos quando precisei me desconstruir pra escrever sobre temas tão conflitantes.
Deixo pra vocês o prólogo e o link para a leitura, que está disponível no Wattpad AQUI ♥
O infinito não existe conta a história de vida de dois personagens, Antônio e Rafaela e coloca em cheque as certezas e verdades absolutas que eles construíram ao longo da vida. Ela é uma mulher e
não, ela não se sente assim, ela se vê como uma menina de 24 anos que trabalha
desde os 17 ainda mora com a família e teve amores desastrosos. Entrou para
faculdade de gastronomia com bolsa de integral aos 16, mas, declinou de entrar na
justiça para conseguir a vaga porque aparentemente “nem queria tanto assim”,
mas, na verdade era só por insegurança mesmo. Entrou para estadual um semestre
depois e declinou de História porque “não queria ser professora”. Outro
semestre depois, querendo muito ingressar na faculdade antes dos 18 iniciou os
estudos numa Universidade Católica Tradicional com bolsa integral cursando
Letras Português X Inglês porque “queria muito ser professora”, sim,
exatamente por este motivo.
Com tantos amores destrutivos quanto declínios em
oportunidades por conta da sua insegurança, ela desistiu de meninos, desistiu
de homens, apesar de estar sempre rodeada de meninos e homens preferia não
criar amizades intensas, affairs e afins. Não era fria, isso ela jamais seria,
era intensa e por causa dessa intensidade escolheu a distância.
Ele é o cara. O
garoto mais popular e NERD do colégio, licença poética de 2015/2016 ele
ser Nerd e Popular. Ele estuda, corre, canta e toca. Indo contra tudo
aquilo que a sua família espera dele, não pensa em fazer faculdade, quer viver de vídeos sobre a cultura nerd, os canais que ele
acompanha há anos, ficaram tão vendidos que ele tem certeza que pode fazer
melhor, ser mais sincero. Não é por querer, não é mesmo, que ele é o maior
heartbraker do colégio e da vida, ele é garoto mais sincero - consigo e com os
outros - que conhece e sim a modéstia é grande naquela cabecinha. No auge dos 17
anos e louco para terminar a escola, ele é seguro de si, verdadeiro, um ótimo
filho, mas completamente diferente dos pais, apesar de todos o prestigio da
porta de casa para fora, é subestimado em casa por querer “viver de prazer”,
o que ele acha dúbio, prefere dizer que viverá de sua realidade e não da
realidade estipulada pelos outros.
Felizmente o ensino médio está acabando, a
vida inteira vai começar e tudo vai mudar. Pelo menos é o que ele acredita.
Tenho um grupo de WhatsApp para os leitores de OINE e vocês podem participar me mandando um Inbox na page do blog, nesse link .
Eu espero que vocês leiam e amem tanto quanto eu amei escrever. Algumas razões pelas quais vocês podem gostar de OINE está no fato de que decidi pegar os clichê mais odiados e não colocar nesse livro:
Triângulos amorosos: Não tem.
Pais ausentes: Ninguém aguenta mais YA com pais ausentes.
Falta de comunicação entre o casal: Apenas, não.
Mulheres estupradas: Sério, o volume de estupro dos últimos romances está banalizando o crime e não falando sobre ele. Chegamos num ponto onde o estupro é "usado" apenas pra definir a personagem: é mulher infeliz porque foi estuprada, é mulher que não confia em ninguém porque foi estuprada e o pior deles, mulher que só é forte por ter sido estuprada, praticamente o estupro fez um favor para ela. Melhorem, tem muita coisa pra ser explorada no universo feminino e as vezes não adianta criar camadas ou profundidade pra uma personagem a partir de um episódio tão infeliz.
Ter o objeto do amor como foco principal: Foi complicado não tornar o amor utópico? Foi. Mas, foi necessário. Não adianta tentar escrever o contrário, a verdade é que ninguém morreu por amor até hoje.
O Homem do livro ser o foco da história: Melhorem? Melhorem. Já não me basta a
O Badboy ser o amor: Vamos parar? Ninguém vai namorar o rapaz da escola com fama de badboy ou nervosinho pra transformá-lo num príncipe, a mulher também é parte de um casal e não "mãe" do protagonista.
Melhores amigos apaixonados: Quando o amor é recíproco amo esse clichê, mas, aqui não tem.
Amigas mulheres: Tem. Tem amiga mulher, tem ex que vira amiga, tem sororidade, tem companheirismo. Não aguento mais mulheres se odiando em livro, de verdade. Tá na hora de melhorar já!
Então é isso sociedade, espero que vocês sintam tanto prazer em ler quanto eu senti em escrever.
Uma viagem de
ônibus de apenas seis horas e todas as certezas que eles têm sobre si mesmos é
questionada. A vida balança e as seguranças e inseguranças se confundem. Eles
podem ser Rafaela e Antônio ou água e óleo como preferir.