Boa Noite Sociedade
Maravilhosa
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O que dizer dessa autora que acabei de conhecer e
já considero pacas? Eu acabei de ler "O ar que ele respira" e se eu
estivesse em casa ia deitar e chorar um pouquinho. Toda vez que leio um livro
ele se torna parte de mim, e essa estória tem um peso emocional tão grande, que
seja de tristeza ou alegria, merecem minhas lágrimas.
-Um ano atrás Elizabeth perdeu o marido em um
trágico acidente.
-Um ano atrás Tristan perdeu a esposa e o filho em um trágico acidente.
Depois de perder o marido, Elizabeth foi morar com a filha Emma na casa de sua mãe, não tinha condições de continuar em sua casa com todas as lembranças de uma casamento nem sempre perfeito, mas, sempre feliz. Depois de um ano morando com a mãe, apesar de não se sentir totalmente pronta para voltar, Elizabeth decidiu eu já estava na hora. Estava quebrada demais, infeliz demais e morria de medo de ser um peso para Emma como sua mãe tinha se tornado para ela após a morte de seu pai. Depois de uma das (muitas) saídas da mãe, Elizabeth se levantou no meio da noite fez suas malas e pegou o carro indo em direção a sua casa, a casa que morava antes do fatídico acidente.
Mas, chegando a sua antiga cidade Meadows Creek um novo acidente
acontece, dessa vez, ela atropela o cachorro de Tristan, Zeus.
Quando viu Zeus - a única memória viva da vida que ele um dia teve - atropelado, Tristan perdeu seu foco. Gritou e xingou Elizabeth de todas as
formas depois deixou que Elizabeth os levasse de carro até uma veterinária. Na
volta Elizabeth também deu carona ao cachorro e seu dono e com isso, perceberam que eram vizinhos, o que deixou Elizabeth constrangida, mas, Tristan
não sentiu o constrangimento, ele não sentia nada, não queria sentir nada além
da dor já havia muito tempo, fosse ela física ou psicológica. Tristan é um homem rude, brusco, que não sorri nunca, extremamente mal encarado e tinha definitivamente os olhos mais sombrios que já ouvimos falar. Ninguém em Meadows Creek gosta de Tristan, além de ele ser quem é, trabalha em uma loja e magia e tarô, o que não era bem visto pelas pessoas da cidade.
Elizabeth sabia que existia o homem por trás
do monstro, algo tinha deixado aquele homem daquele jeito e Elizabeth sabia que
não sossegaria até descobrir o que tinha sido. A primeira coisa que todas as pessoas da cidade
fizeram, foi pedir para que ela se afastasse dele, que não desse espaço ou
tentasse fazer amizade, não que isso fosse um perigo por parte dele, já que ele não
falava com ninguém, mas, Elizabeth precisava descobrir o que
tinha acontecido e depois que descobriu que Tristan também tinha perdido a família em
um acidente, ficou ainda mais curiosa por ter a amizade de Tristan, pois
agora via motivos para o sofrimento e a amargura dele. Não só via como
entendia.
O envolvimento dos dois acaba sendo cliché,
mas sem deixar de ser chocante. Depois de um beijo intenso eles percebem que
enquanto estão juntos, eles se lembram dos parceiros mortos e decidem “usar um
ao outro” para manter as lembranças do passado vivas, chegando até a chamar um
ao outro pelo nome dos falecidos (sério, eu me assustei e cogitei até parar a
leitura, mas, ainda bem que continuei).
Eles continuam fazendo isso por um tempo, mas, como em toda relação
“apenas carnal”, chega àquela hora que não é mais “apenas carnal”. E aí tudo
fica lindo, e complicado, e maravilhoso, e desesperador, e horrível, e mágico.
Não necessariamente nessa ordem.
A escrita da autora me deixou louca, com os dois
protagonistas narrando você ficará exigente em querer saber mais, ir mais longe e melhor é que a autora sempre dá um
jeitinho de te satisfazer.
Eu nunca falo de personagens secundários, mas, nesse livro eles merecem um destaque:
-O primeiro vai para Emma, a filha de Elizabeth é a melhor criança do mundo.
-Faye vem logo em seguida como a melhor amiga desbocada e constrangedora mais legal da história.
-Tanner é uma caixinha de surpresas, da primeira até a última vez que ele tá lá no livro,
você não cansa de se surpreender com ele.
-E é claro, o Sr* Henson, o dono da loja na qual Tristan trabalha.
Por último, mas não menos importante, os acidentes:
Eles estão presentes o tempo todo e você acaba
criando mil teorias sobre ele, e dói. Você sofre quando descobre a
verdade. Mas, quando você achar que
descobriu, vai ter um daqueles momentos “WHAT
A TWSIT!?” de explodir o coração, ai minha sociedade, é como diz o ditado:
“segura essa marimba”.
"O ar que ele respira" é um romance intenso e forte e certamente vai ficar uns tempos na sua cabeça, você pode não se apaixonar perdidamente por Tristan e Elizabeth e pode não chorar também, mas, se você me disser que não gostou desse livro, vou mandar você ler novamente porque você certamente leu errado. Hahahaha.Com seu misto de amor, esperança, afeto, carinho, calor, um bom sexo bem feito sem aquelas estripulias humanamente impossíveis dos romances Hot, dependência, necessidade, tristeza, dor, amor, amor e amor, “O ar que ele respira” se tornou um dos romances favoritos da minha vida.
Cinco estrelas para ele, em todos os sentidos: