segunda-feira, setembro 26

Alyson quer ser grande

E ai Sociedade?


Esse é o meu primeiro texto autoral, então peguem leve!

Alyson quer ser grande

Nós nascemos na segunda metade dos anos 80 durante os anos 90 ou nos primeiros anos de 2000. Nós não lembramos como a vida era sem internet, celular ou Paxil. Fizemos a proeza que nunca imaginamos na quinta série, largamos o presente do verbo “to be”, o substituímos em todas as oportunidades pelo seu futuro "will".

Nós somos a geração que está construindo o mundo.
Somos mães aos quinze, viajamos aos vinte e nos divorciamos antes dos trinta. Nós somos a geração que está destruindo as relações ao redor do mundo.

Conflito de agenda e grupos de WhatsApp têm resumido nossas amizades.
A gente nem lembra como é passar horas sorrindo sem a internet. Quando encontramos nossos amigos, os comentários engraçados se originam em alguma página do Facebook, os comentários de beleza vem de algum Instagram e nosso conhecimento cientifico é facilmente encontrado em blog com a logo do Shazam.

Não é difícil escutar alguém dizendo que usa fones de ouvidos mesmo sem música ou que está lendo no celular quando nem queria ler, o que é difícil e entender como nós chegamos ao ponto de usar fones para não cumprimentar desconhecidos e fingir que lemos para evitar o contato visual.

Nós somos a geração que não se apaixona. Em média metade de nós, não tem tempo pro amor, e outra metade não tem tempo pro sofrer, seja qual for a desculpa, a regra é  clara: Não se envolver.

Pra ser mais exata, o manual é curto e grosso:

1 - Não crie vínculos!
2 - Não conte seus sonhos!
3 - Não façam planos!



Qualquer um deles pode ser perigoso, afinal, beijar uma pessoa quando você sabe as séries que ela assiste as bandas que ela ama ou os filmes que ela ovaciona é o maior risco atual.
Já imaginou querer mandar uma mensagem pra ela no meio da manhã com algum meme engraçado daquela série? Acho que não, Deus nos livre de mostrar interesse, somos todos desprendidos.
Quando vocês estiverem bêbados, seja de cachaça ou apenas embriagados pelo brilho do luar e a sensação de liberdade chegar, fuja! Já imaginou se você por algum acaso conta pra ela que seu sonho é ser pai? Imagina só, o que não pensariam de você se você contasse para ele que seu maior sonho é ser mochileira? Imagina o desequilíbrio no cosmos ou a tremedeira que daria na mão de Deus se você achasse engraçado ser uma mãe mochileira e ele achasse bonitinho criar o filho ao redor do mundo... Consegue perceber e que contar seus sonhos só pode destruir o seu futuro?

Ah... What about fazer planos? Claro que você não vai ficar fazendo planos com um completo desconhecido, afinal, passar algumas horas com um cara legal não quer dizer que isso poderia se repetir não é mesmo? Qual é a necessidade? Tantos caras legais por aí e você querendo ver o mesmo cara legal, já pensou no trabalho que ia dar conciliar as agendas? E encontrar os amigos dele por aí? Menina imagina só se suas amigas te vêm com ele,  como você vai explicar que saiu com o mesmo cara duas vezes?
Obviamente elas vão saber que vocês fizeram planos, mas, planos não são pra gente,  nós nascemos para a vida livre e desregrada. Qual é o tipo de pessoa que sai com alguém e já quer marcar para sair de novo antes do primeiro e outro acabar? Eita, espera aí, eu disse primeiro encontro? Que coisa primeira metade dos anos 80! O que a gente faria mesmo seria “marcar outra boa, antes do rolê acabar.” Mas, a gente nunca marca, sem a menor condição parasse interessado.

As pessoas nos julgam, elas não entendem. Definitivamente é  horrível ter quinze, vinte, vinte e poucos anos em 2016, a gente precisa  trabalhar  em um trabalho bom a gente precisa estudar  pra sempre e sem parar é  o único jeito que a gente tem de se tornar alguém na vida. 
Como explicar pros nossos pais que não é viável ter uma namorada quando temos tanta coisa pra fazer? Imagina só explicar para a mina os happy hours do trabalho? Como assim, além de namorar, dedicar tempo, paciência, a gente ainda precisa provar confiança?
E quanto às meninas que precisam mandar foto das noites das meninas para que os namorados saibam que elas estão só com as amigas? E mesmo que essa noite aconteça uma vez a cada dois meses tem namorado que vai se irritar porque a tal noite foi marcada "em dia de namorar".

Nós, que somos tão destemidos e tão livres, precisamos gerir a vida num schedule sem fim. "dia de ficar com os pais", "dia de namorar", "dia de ir pra igreja", "dia de rever antigos amigos do trabalho"... Esse não para matar saudades, nós substituímos matar saudades por “estreitar networks.”

Agora, deitada na cama, encarando a porta do meu quarto eu vejo o meu schedule, de tão intensa que a vida ficou, eu precisei fazer uma planilha pra me organizar,  e agora,  as lágrimas começam a brotar quando eu lembro que só segui esses planos que fiz com tanta esperança por três dias...  Três dias depois a vida já tinha ficado mais intensa e naqueles sete dias, já não cabia.

Eu gostaria muito de falar um pouco mais sobre amizades, para aqueles que nasceram nos anos 2000, não se preocupe, a Internet vai facilitar seu contato com as suas BFFs ou parceiros atuais, não que vocês venham a trocar mais do que meras formalidades futuramente não é isso, mas, relaxa,  o Facebook ainda vai estar aqui para te lembrar do que você fez nesse dia alguns anos antes, então a nostalgia vai bater e desses amigos você vai lembrar, não, as meras formalidades não incluem aniversário,  natal e ano novo, okay? Aqueles que se lembrarem de você nessas datas, precisam ser queridos. As formalidades das quais eu falo é em caso de morte ou nascimento. Virão os pêsames ou os parabéns, de pessoas que hoje você diz que serão Madrinhas/Padrinhos dos seus filhos, é  triste, eu sei. Mas, é a realidade. E outra coisa, não se prenda a amores adolescentes que nos dão o mundo e levam tudo o que temos como se fosse direito deles. Menino, ela não te ama tanto assim,  só precisa ter uma namorado perfeito,  num ensino médio perfeito,  para esconder as imperfeições da vida dela, e cá entre nós menina, ele não é tudo isso, é só mais um. Apenas.

As nossas amizades, galerinha dos anos 80 / 90, são um pouco mais sólidas, eu sei que você deve estar ensandecido porque conservou amigos do jardim de infância,  calma,  eu sei que isso acontece e,  você não é o único,  mas,  para e pensa em todas as amizades que ficaram pela vida,  quando eu falo de amizade é  aquela pessoa pra quem você corre nos momentos de aperto e se joga de sapato e tudo no sofá ou na cama,  não essas pessoas que você fica anos sem ver,  diz que vai amar para sempre,  mas,  nunca sabem um milímetro do seu presente.
Amizade é basicamente cuidado, companheirismo e dedicação, e sabe o que isso demanda? TEMPO. E nós? Nós, não temos esse tempo!
Se agarre aos que sobraram, pegue os que ficaram sem medo e sem vergonha, eu sei que a amizade não é mais a mesma,  eu sei que tudo mudou,  eu sei que aquela amiga já foi falsa,  mas,  também sei que até sua mãe fala mal de você então não julgue sua amiga. Outra coisa que eu sei é que ele "pegou tua mulher", mas, ela não pertencia a você não é mesmo? Ou você a comprou?
A gente teve a sorte de construir amizades longe da Internet ou na época do Orkut, não vamos abrir mão disso por qualquer passado.
Aaaah, ia quase me esquecendo, eu amo meus amigos virtuais, ame os seus também!
Mas lembre que a vida é o que acontece aí e a sua vida é baseada em quem tá do seu lado segurando sua mão e enfrentando o mundo com a mão livre, valorize isso,  sempre!

Por fim, vamos voltar a falar de amor? Não. Exatamente. A gente ainda não falou de amor.
A gente não fala de amor, né? A gente é grande demais para ele. A gente é forte demais, bonito demais, a gente é carne boa demais pra amar.
Somos a geração que nunca de despede, que nunca se apega, que nunca chora, que nunca sofre e que nunca,  mas,  nunca mesmo,  faz amor.
Nossas relações andam tão instantâneas, andam tão "sempre que der a gente se vê", que uma hora para de dar e a gente nem percebe que parou de se ver. Mas, dói.
Nossas relações andam tão abertas que a gente não passa o dia vendo filme velho na TV, a gente não divide um chiclete por que ninguém quer sair do sofá e passar frio. A gente já aprendeu a agir egoistamente nessa situação, a gente deita com uns cinco chicletes, na verdade cada um com seus cinco. Afinal, Deus nos livre se apegar e ficar dividindo chicletes... Mas, toda vez que a gente senta sozinho com os nossos cinco chicletes, a gente percebe que se apegou, porque sente falta do outro ali, com os outros cinco chicletes.
Nós somos a geração de mulheres que sai sozinha com as amigas e percebe cinco ligações perdidas do tal “cara que espera as oportunidades surgirem”, a gente encara o celular,ri e segue em frente. Mas, aí a gente lembra que se a situação fosse o contrário, nós seríamos as malucas, afinal, "vocês nem namoram e você fica ligando pra ele sexta à noite", e a gente chora.
Porém,  encontramos uma geração de homens sensíveis, que muda de vida por causa da mulher que ama, que abre mão da vida pra fazê-la feliz, aqueles homens que entendem o que é sororidade e apoiam nossa luta feminista, mas, aí em algum momento a mulher que vai desistir dele e como nunca pensamos antes na história desse país, o homem também chora.
Nós somos essa geração. A geração do 15 ou dubble 15.
Temos entre quinze e trinta anos e nós não sofremos.
Aos quinze a gente já teve decepções suficientes com namorados e amigos para perder tempo sofrendo, aos vinte o nosso primeiro namorado fingiu não ouvir a gente sussurrando pra parar  no dia da nossa primeira vez, é que a gente não tinha a menor certeza, a dúvida nos engoliu e como a gente não gritou, nem fez escândalo então, não foi estupro, foi apenas um mal entendido. Aos vinte os meninos já receberam da ex-namorada a notícia de que seria papai, a camisinha que ela pediu para colocar com a boca, supostamente, “estourou acidentalmente” e agora ele não sabe bem o que fazer. Aos vinte e cinco, a mulher já sofreu demais como bola de sinuca, sendo jogada de um lado pro outro, de um lado os homens e do outro as rédeas que a sociedade tenta impor, enquanto ela definitivamente cansando de agradar a todos, percebeu que a saída mesmo é ser feminista,  meu corpo minhas regras,  minha vida minhas rédeas.
E se entrega ao movimento que tanto criticou um dia.
Aos vinte e conto os homens já cansaram de ter de ser o macho alfa,  ter de comer todas que aparecem, ter de ter um bom trabalho dentro da sua área de formação, e no fim eles já se entregaram pras bebidas ou pra várias mulheres que estariam fora de questão.
Aos trinta ela continua solteira e independente almejando aquele cargo de gerente e ele, que foi gerente aos vinte e sete agora já está divorciado. Mas, tudo bem, eles conseguiram o que queriam e ninguém mais esta atrapalhando. Essa rotina é aquela que deixa claro que mesmo fugindo a vida inteira de sofrer, a gente sofre.

E é claro, a gente passou os últimos quinze anos fodendo. trepando. metendo. Se você passou dos vinte, você já deu um pentada violenta, não tente negar. Ah, se você é da segunda metade dos anos oitenta, eu sei que você já molhou o biscoito, mas,  vamos falar para todos os públicos aqui, dos quinze aos trinta, é  mais do que claro que ultimamente a única coisa que temos feito é “dado umazinha”.

Eu sei, eu sei, aparentemente o texto desceu o nível,  mas,  não desceu, seu conservadorismo que acha que sexo ainda é tabu.
Mas, sabe o que me choca? A gente não faz mais amor. A gente entrega o corpo pro outro, mas, é  um outro que não pode saber nada sobre você, sentir nada por você, sonhar nada com você e muito menos dormir de conchinha no fim da noite... Apresentar pros  pais então, sem condições! Apresentar pros pais é muita intimidade, e nós  não gostamos desse tipo de intimidade. 
A gente gosta mesmo é de comer todo mundo, é  gostoso ter uma mulherzinha diferente a cada noite do fim de semana, só assim ninguém se apega e é necessário que ela goze, do contrário ela vai saber que você é um egoísta de merda que só pensa em si mesmo, então, você não vai deixar ela sem o cala a boca dos últimos três anos, não é mesmo? Afinal, depois que se as mulheres souberam que elas também gozam, ficou complicado comer várias em uma mesma noite né parceiro?
E eu sei mana, eu sei, que dar é gostoso, que não precisar dizer em te amo olhando nos olhos dele enquanto ele goza é  libertador. Mas, relaxa,  um amigo comentou comigo ontem que homem não pensa de pau duro, então se você o ama ou não, não faz a menor diferença.
Eu te entendo, você foi usada muitas vezes e agora precisa retribuir ou apenas ser você mesma, se descobrir, todo mundo passa por isso. Sei também que fazer amor com um cara que só tá te comendo é furada eu já passei por isso sei como é ficar dizendo pra si mesma que a gente tá certa de se entregar e eles estão vazios por serem sempre egoístas, e sei que isso é mentira, que eles acabam essa relação satisfeitos e a gente partida... Sei que é tenso.

Mas... Então, vamos parar, vamos repensar... Já tem sido pelo menos quinze anos assim né? Tá na hora de isso mudar, a gente precisa parar, por favor,  por nós mesmos...

Será que a gente não tá vendo quão destrutiva nossa vida tem sido?

Eu rio, eu grito, eu falo alto,  eu tenho uma fé que não é muito grande,  mas, é inabalável, eu choro,  eu sofro, eu fico ansiosa,  eu planejo casar com caras de livros, eu sonho com o dia que eu não vou dormir porque vou ficar acordada trocando mensagem com o crush com a mesma intensidade que eu acredito que Deus não vai me dar qualquer um pra marido e que eu provavelmente vou beijar o crush mais vezes do que eu queria, mas,  vou beijar meu marido só quando a gente fizer uns 6 meses de namoro, sim, existe namoro sem beijo, não surtem.

Essa sou eu, eu sou de carne e osso, eu sou de verdade, eu acerto, eu sou maravilhosa,  eu sonho, eu erro, eu peco, eu tenho problemas sérios, eu não sou o suficiente e por fim eu sou eu mesma, sou assim e não existe o menor problema nisso, e eu preciso parar de sentir medo de me mostrar pros meus amigos e pros crushes. 
Eu quero saber que não tem problema ser de verdade,  eu quero saber que não é errado dizer a verdade quando perguntam se eu tô bem,  porque eu já tô cansada,  eu quero dizer que não,  quero dizer que chorei outro dia vendo a planilha do meu quarto,  quero dizer que sofro porque apesar de saber que não foi culpa minha,  também não foi falta de culpa,  quero fazer amor com alguém que me olhe nos olhos e volte na próxima semana sem achar que eu quero ter filhos só porque a gente tá se vendo duas semanas seguidas e se eu quiser ter um filho,  quero que o carinha se permita pensar "e se",  porque é isso o que mais falta na humanidade hoje em dia, abertura as possibilidades da vida. Mas essa,  essa sou eu e talvez,  essa também seja a Alyson e a Alyson quer ser grande!  
Ela quer ser destemida, responsável  dona de si, ao mesmo passo que quer ser independente, passar um ano fora e constituir família. Sempre disseram para ela que isso era ser gente grande... 
Os anos passaram e agora ela tá preparada, mas,  parece que o resto do mundo não. Então ela vai ficar,  aqui, ao meu lado, apenas sonhando com a vida que poderia ter,  como ela poderia ser se as pessoas grandes fossem amorosas e dessem valor pro que realmente importa,  se as pessoas grandes não fugissem de si mesmas para não encarar algumas verdades, se as pessoas grandes se permitissem sentir,  sofrer,  amar, confraternizar e fazer amor sem maiores interesses... Mas, Alyson que há tanto tempo sonhou em ser grande e que hoje se permite ser grande é quem sente,  sofre e chora,  porque  Alyson já percebeu que as pessoas desistiram de ser grandes. 



terça-feira, setembro 6

Talvez Um Dia

Olá Sociedade

  
Escrever resenhas de livros da Colleen Hoover talvez seja a tarefa mais difícil que eu já assumi como blogueira. Os livros dela são incrivelmente verdadeiros,  como a nossa colunista Aryane destacou para mim uma vez, todos os personagens da Colleen deveriam existir, a gente devia ter o direito de esbarrar com eles por aí e trocar uma idéia sobre a vida. Hoje, nós trocariamos uma idéia com a Sydney, o Ridge e a Maggie. As três pessoas mais incríveis que eu conheci no meu ano e se você não quer saber anda da história, pare por aqui, não tem spoiler, mas, tem o óbvio, então, se você não quiser saber do que o livro trata leia-o primeiro e depois volte  ♥
Ano: 2016 - Páginas: 368 - Autor: Collen Hoover Editora: Galera Record Skoob

- Sydney mora com a melhor amiga em um apartamento que contra a vontade dos pais,  aluga para morar perto da faculdade. Cursa música e tem um namorado lindo.
- Ridge mora na frente do apartamento de Sydney, conforme o tempo passava ele a observava - e a todo o movimento no apartamento dela - e tentava compor suas músicas calado em sua varanda, já que o bloqueio criativo o perseguia há meses.
- Maggie é  a namorada de Ridge, linda,  maravilhosa,  com uma aparência viva.  Aquele tipo de namoro para a vida toda sabe? Seis anos até então.
O destino desses três se cruza quando Ridge percebe que enquanto ele toca suas músicas Sydney as canta,  mas,  às músicas estão lá para que ele componha as letras,  elas ainda não existem, o que quer dizer que Sidney está compondo letras para as suas músicas e diante do bloqueio criativo que enfrenta, ele entra em contato com Sidney e pede permissão para que a sua banda toque aquelas músicas.

 Depois de duas semanas de uma "amizade musical por WhatsApp" Ridge decide presentear Sydney com a seguinte notícia: "Seu namorado e sua melhor amiga transam quando você não está olhando".  Digo presentear porque ele diz isso a Sidney no dia do aniversário dela.
E aí,  toda a história se desenvolve. Sem ter para onde ir, Sidney decide que vai "vender suas musicas"  por abrigo no apartamento que Ridge divide com alguns amigos e a atração entre eles é  perceptível desde o primeiro encontro dos dois. Sidney chega destruída e não querendo saber de amor e Ridge está muito bem obrigado com Maggie,  o amor de sua vida toda. Mas,  Sidney balança o coração de Ridge como ele nunca imaginou ser possível. Sidney sabe o que está acontecendo entre eles,  mas,  não quer se tornar aquilo que sua ex-melhor amiga foi para ela,  uma traidora e tudo piora quando conhece Maggie, a empatia surge de ambas as partes.
É nesse contexto louco que acompanhamos Ridge percebendo o amor,  as formas do amor,  o porque de amar. É  nesse contexto que analisamos o coração divido de Ridge, o amor que ele sentiu por Maggie desde antes deles se envolverem e o amor que estava crescendo furiosamente dentro dele por Sidney.

Como em todo bom New adult o final é  previsível e a gente espera por ele. A gente torce por Ridge e Sidney sem nem lembrar da existência de Maggie,  mesmo que Ridge fale do seu amor por ela a cada oportunidade. Por mais que ele é Sidney lutem contra o sentimento, fica claro que não existe motivo para isso quando eles estão juntos.
Não,  esse não é um livro sobre traição, - ainda que aconteça um beijo nesse aspecto - esse é  um livro sobre amizade,  amor,  sinceridade,  verdades,  mudanças e principalmente como o passado pode nos afetar. O que eu aprendi com esse livro é o que eu apreendi desse livro foi muito maior que qualquer triângulo amoroso da mocinha dividida entra o certo é o que errado, eu aprendi que nem sempre existe um errado, as vezes é  só o coração que muda de direção, ou não.
Muitas pessoas questionaram a veracidade dos motivos do término de Ridge e Maggie,  muitas pessoas disseram que foi uma saída escapista da autora,  eu não acho. Eu vivi um romance exatamente igual ao deles e chega uma hora que simplesmente não existem motivos para continuar porque o amor,  nem deveria ser amor para início de conversa. Vi pessoas chamando o Ridge de tudo o que é nome por ele ter dado um beijo na Sidney enquanto ainda namorava,  engraçado,  não vi ninguém julgando a Bella quando ela beijou o Jacob ou a Lara Jean quando ela se manteve flertando com John Ambrose...  Achei bem vitimista cair em cima do Ridge só porque era o homem da relação o divido dessa vez. 


O que eu mais amei sobre esse livro,  é  que os anseios, limitações e traumas do casal protagonista, não estão nos ombros da mulher dessa vez é sim do homem,  e não pelo fato de que mulheres precisam de girl Power, mas, pelo fato de que não conseguimos ver isso nos livros porque aparentemente,  homens são perfeitos e lutam contra tudo para ficar com a mulher que amam. Foi lindo ver a Sidney amando Ridge "apesar de tudo" ou "por causa de tudo"  certamente ela não o amaria se ele fosse o cara perfeitinho e foi muito,  mas,  muito lindo ver Ridge amando a Sidney apenas por amar e passando por cima de tudo o que apontavam nele para ficar com ela.
Bom,  eu não tenho estrelas suficientes para esse livro hahahaha.

sexta-feira, setembro 2

Dama da Meia Noite - Os Artifícios das Trevas

Hello people! Como vão?

Hoje vamos falar sobre um livro muito aguardado por mim, e que finalmente tive a oportunidade de ler, Dama da Meia Noite.

Em Dama da Meia Noite, Cassandra continua no universo dos Caçadores de Sombra, cinco anos após os eventos narrados no ultimo livro da série dos instrumentos mortais, Cidade do Fogo Celestial. O livro foca nos habitantes do Instituto de Los Angeles, já apresentados no último livro da série anterior, a família Blackthorn e Emma Carstairs.

Ano: 2016 Páginas: 574- Autora: Cassandra Clare Editora: Galera Record- Skoob     

Contém leves Spoilers da Saga Instrumentos Mortais

Os Blackthorns são formados por Helen, Mark, Julian - parabatai de Emma -,  Livia, Tiberius, Drusilla e Octavian, no ataque de Sebastian ao Instituto de Los Angeles em Cidade do Fogo Celestial, o pai deles foi transformado e depois morto em batalha, e Mark foi dado para a Caçada Selvagem das fadas, deixando assim os Blackthorns que já tinham perdido a mãe antes, órfãos e sem o irmão mais velho.
Emma também perdeu os pais no mesmo dia, antes do ataque, apesar da Clave afirmar que os pais dela foram mortos por Sebastian, ela não acredita nisso e busca por seus próprios meios os culpados pela morte de seus pais. No final da guerra, com a Clave em retaliação a tudo que envolvia as fadas,a irmã mais velha deles - Helen - por ser meio fada, foi exilada.
***

Em “Dama da Meia-Noite” vemos como os Blackthorns e Emma continuaram a vida após os  momentos fatídicos, agora já crescidos (com 17 anos), Julian e Emma, são caçadores fortes e promissores, Emma é tida até como "a próxima Jace Wayland" e busca incessantemente pelos culpados pela morte dos pais. É no meio desta busca que eles tem que investigar mortes misteriosas, uma série de assassinatos que vitimam tanto humanos quanto fadas. 

Minha Opinião: O livro é incrível! Tenho que dizer que a maior parte dos créditos por essa minha afirmação tem que ser dado ao Julian, gente que garoto! Tudo bem que as vezes penso que a vida dele é pior que novela mexicana, mas ele é um personagem tão complexo, tão cheio de lados, que a cada parte que se conhece você fica apaixonado!
Os outros Blackthorns são igualmente incriveis - especialmente Mark - assim como a Emma. As partes de ação são incríveis, e acho interessante como mesmo após 6 livros no mundo dos Shadowhunters Cassandra ainda consegue trazer surpresas pra gente! Surpresas negativas também, com a chatice da Clave, mas, é um livro maravilhoso, com personagens bem construídos, uma trama envolvente e  um final de tirar o fôlego e os personagens de Instrumentos Mortais ainda dão uma palhinha no livro! Super recomendo, e vai levar, por tudo isso, 5 estrelinhas: